sexta-feira, 1 de maio de 2015

Paraquedistas se preparam para salto
A prática do paraquedismo aumenta a cada dia, prova de que seus benefícios são uma realidade na vida de muitas pessoas.

Para quem gosta de esportes radicais, o paraquedismo pode levar à redução de fobias e inseguranças. É o que explica o psicólogo do esporte Rodrigo Scialfa Falcão. Segundo ele, é possível que uma pessoa diminua o nível de estresse por meio da modalidade.

O especialista relata que não tem receio de indicar o esporte a seus pacientes, entretanto, tudo depende do perfil de cada um. “Uma pessoa que sofre com depressão pode ter melhoras em atividades do tipo, às vezes cai bem. O mais importante ao realizar esse esporte é que você se sinta melhor. Que faça um sentido para você, podendo se transformar consequentemente em um alívio para o estresse do cotidiano”, explica.

Falcão diz que é importante possuir algumas características para começar a saltar. Ter um perfil de quem gosta de adrenalina e aventura é essencial para adquirir esses benefícios. Em situações como o salto de aviões, ocorre o aumento dos batimentos cardíacos devido à adrenalina no sangue. Assim, muitas pessoas acabam se viciando no esporte, mas cada organismo reage de um jeito.

Há cinco anos, o ex-advogado Cauê Barras se dedica inteiramente ao paraquedismo como instrutor na cidade de Boituva, interior de São Paulo. Segundo ele, os profissionais dessa área procuram minimizar ao máximo os erros, oferecendo ao aluno toda segurança possível. "Usar palavras positivas, com uma respiração equilibrada e uma fala calma é determinante para que o aluno tenha um bom desempenho", conta.

O instrutor diz que já aconteceu de alunos travarem e não responderem aos comandos e ele mesmo ter que conduzir a pessoa no salto. Momentos assim são trabalhados aos poucos, com calma para cada iniciante. E o resultado desse trabalho é que hoje são paraquedistas bem formados e atuantes.

Exemplos como esses não faltam. Segundo Barras, a superação e os avanços são bem visíveis nos alunos, tais como a interação com a família, com a sociedade e com o meio profissional. O esporte trabalha o extremo do perigo e ao mesmo tempo busca a tranquilidade, condicionando para agir com precisão.

O aluno Jusep Jorlan comenta porque se identificou com o paraquedismo. “Nele sinto uma sensação de vida, me proporciona uma emoção que chega até a arrepiar. Eu já havia praticado em 1983, quando era militar, e há dois meses voltei a fazer o curso. Depois de um dia teórico eu já estava saltando novamente".

O ex-militar fala que ficou impressionado com a velocidade que subiu novamente no avião. “Vi que estava protegido. O meu momento de superação foi durante o salto, na saída da porta da aeronave. Foi uma briga para pular, mas essa foi a hora que superei todos os meus medos". Ele ainda conta que a autoconfiança para conseguir enfrentar qualquer tipo de problemas, medos, receios e fantasmas lhe fez fechar a porta dos piores pesadelos.

Outro medo superado por Jurlan foi a reprovação no seu quarto salto. “Quando capotei na saída de um avião, mas tive um ótimo instrutor ao meu lado, que comandou o paraquedas para mim. Superei esse medo, e toda vez que falho, saio bonito e tranquilo. Superei tudo, mas isso é do esporte, são coisas que acontecem onde existe a queda ao seu redor”, conta.

A prática do paraquedismo pode contribuir com a qualidade de vida. Porém, é preciso que o praticante se identifique com o esporte que lhe proporcionará altas doses de adrenalina. Assim, essa modalidade esportiva se torna um meio de superar dificuldades. Para isso, é necessário o auxílio de bons instrutores e acompanhamento médico. 

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Os jornalistas recém-formados costumam ser chamados de "focas" pelos colegas da área. Este blog de reportagens autorais é justamente um dos caminhos para nós, estudantes de jornalismo do 7º semestre da Universidade Nove de Julho, chegarmos lá. Sob orientação do professor Eduardo Natário, disciplina de Produtos Jornalísticos I.

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