segunda-feira, 11 de maio de 2015

Dólar sofre elevação recorde no primeiro trimestre
A elevação do dólar comercial no primeiro trimestre deste ano, que atingiu a marca de R$3,29, prejudicou o turismo internacional. Como a moeda americana é usada exclusivamente nas transações mundiais, o crescimento também afetou a economia mundial.

No dia seis de março deste ano, o euro alcançou a menor cotação desde setembro de 2003, quando foi negociado abaixo de U$ 1,10, situação que não era repetida há 11 anos.

Em países como o Brasil e a Turquia, os empresários estrategicamente movimentaram o dinheiro em direção aos Estados Unidos para obterem maior lucro. Para o economista e consultor econômico, Raul Veloso, o momento financeiro é temporário, mas requer ações do governo federal. “A situação apesar de ser complicada é passageira, a dificuldade é saber quanto tempo o países vão alcançar um equilíbrio, uma estabilidade na taxa de câmbio. Tudo vai depender das mudanças que o governo está promovendo, como os ajustes fiscais e o seu entendimento com as forças políticas do Senado e na Câmara.”

Exportação

De acordo com alguns especialistas, a instabilidade política interna e a estabilização financeira dos Estados Unidos, contribuíram para o aumento do dólar no país. Apesar da turbulência econômica, o mercado interno brasileiro e as exportações nacionais foram valorizadas no mesmo período. De acordo com dados do Sistema de Análise das Informações de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o Brasil obteve um aumento de 9,5% na exportação de café em comparação ao mesmo período do ano passado.

O país vendeu 3,047 milhões de sacas de 60 quilos, contra 2,085 milhões em janeiro de 2014, somando rendimento de 552,295 milhões de dólares. O membro do conselho regional de economia, Haroldo Silva, reforça que internamente o país pode gerar um lucro significante:

“Sempre existe os dois lados, os produtos importados se tornam mais caros, mas o produto nacional fica mais interessante para o mercado doméstico e também para ser importados. O turista brasileiro começa a olhar para o seu país assim como o estrangeiro. Isso pode levar a economia brasileira a se estabilizar, dando mais competividade ao mercado brasileiro em relação ao exterior.”

CVC

A agência de viagens, CVC, promoveu um desconto de até 30% para viagens nacionais neste início de ano, considerado de baixa temporada. Um fator que está sendo utilizado a favor da companhia é que a maioria dos pacotes internacionais que estão à disposição, foram comprados pela empresa no ano passado com o preço do dólar relativamente baixo, possibilitando a venda de planos mais baratos.

A perspectiva de bons negócios não atingiram o revendedor Alan Silva. Segundo ele, o seu rendimento caiu drasticamente em comparação entre o primeiro semestre de 2014 e 2015.

“Eu um tinha bom estoque em dezembro e por isso vendi bastante, mas de janeiro a março foi complicado. Tinha dia em dezembro eu vendia dez mercadorias por dia e quando chegou em fevereiro comercializava três produtos por semana. O lucro está baixíssimo, estou vendendo quase a preço de custo para ganhar algum dinheiro.”

Nomeado neste ano como Ministro da Fazenda, com o principal objetivo de frear a oscilação financeira, o economista Joaquim Levy afirmou no dia 18 de fevereiro para alguns investidores em Nova Iorque, que o Brasil irá cumprir a meta de superávit primário, economia que é utilizada para pagar os juros da dívida pública, de 1,2%. Ele também garantiu que ainda há muito espaço para a redução de gastos sem precisar adotar medidas mais drásticas e destacou que o país teve um deslize fiscal significativo em 2014, que será corrigido.

Incêndio afeta meio ambiente em Santos
Especialistas apontam que os impactos ambientais causados pelo incêndio na empresa Ultracargo, no Terminal da Alemoa em Santos podem permanecer no mínimo dez anos.

O acidente aconteceu entre os dias dois e nove de abril, com a queima de combustíveis dos tanques da companhia brasileira, que é responsável principalmente, pela estocagem de produtos químicos, petroquímicos, etanol e óleo vegetal. As causas do incêndio ainda são desconhecidas.

A consequência ambiental gerada inicialmente foi a morte de dez toneladas de peixes, causada pela queda do nível de oxigênio da água, efeito da contaminação por produtos químicos ou a alta temperatura, que saturou o oxigênio do rio. Além disso, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) classificou como ruim a qualidade do ar na região do incidente.

De acordo o zoólogo e especialista em manguezais e estuários Marcelo Pinheiro, que é professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) – Campus São Vicente, o ecossistema de Santos foi afetado em grande proporção.

“Nós tivemos impactos na água, do sistema estuarino, manguezais, ao sedimento, e na atmosfera. As consequências são de grande magnitude e um dos resultados imediatos foi a morte de um grande número de peixes e a contaminação da fauna e flora.”

A população de Santos também sofreu reflexos do acidente, cerca de 140 pessoas que vivem exclusivamente da pesca artesanal estão sem trabalho. A fumaça formada pela queima dos combustíveis tem gerado problemas de saúde para aqueles que vivem próximo a empresa, como sinusite, rinite até casos mais graves de bronquite, comprometimento dos alvéolos do pulmão e infecção por causa das impurezas do ar.

Apesar de ainda não haver um laudo com as informações de todas as complicações geradas pela ocorrência, a expectativa é que os prejuízos ambientais permaneçam por um longo período. É o que afirma a engenheira civil e ambiental, Zildete Prado.

"O impacto ambiental no local é de no mínimo dez anos. Por mais que a região já esteja degradada, o restante dos resíduos químicos vai ser levado pela maré até a baia; como a área do acidente é estreita pode influenciar também a área continental, gerando impactos a longo prazo que ainda não dá pra ter certeza do que vai acontecer.”

Um dos principais motivos que dificulta a especulação de todos os danos causados pela ocorrência é o ecossistema aberto, pois os animais imigrando e transitando entre os ambientes. Para o biólogo Eduardo Nunes, o estudo da cadeia alimentar é essencial para entender em quanto tempo o meio ambiente demorará para se restaurar.

“Não dá para ter certeza do tamanho do prejuízo por causa da cadeia alimentar, tudo tem que ser estudado, pois a contaminação é passada para cada nível trófico. Os animais que morreram saem deste ciclo, mas os que permaneceram vivos passam a contaminação adiante. A longo prazo você tem microrganismo contaminados na cadeia alimentar, então as consequência vai se efetivar nos próximo meses, as vezes até décadas para o ecossistema se recuperar.”

Multa

A Cetesb aplicou uma multa de R$ 22,5 milhões para Ultracargo. Segundo a Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, a penalidade foi aplicada pois a empresa provocou danos ambientais e colocou a população em risco com o incêndio na zona industrial de Santos.

A Secretaria ainda irá cobrar da empresa brasileira, a contratação de uma empresa especializada para fazer o resgate e atendimento emergencial da fauna local e o monitoramento de todo o ecossistema, com apresentação de cronograma de atividades, projeto de translocação e eutanásia, e aprovação do Departamento de Fauna da Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos Naturais, órgão da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, e da Polícia Ambiental, para o deslocamento das espécies que ainda poderão sofrer impacto após o incêndio.

Em nota, a Ultracargo confirma que recebeu a autuação da Cetesb e irá avaliar o documento, suas exigências e responderá à autoridade dentro de um prazo de 30 dias.

Renata Bernis, à dir., trabalhou em Serra Leoa (Arquivo Pessoal)
A África Ocidental tem vivido um momento mais tranquilo do que no ano passado, quando a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que o surto de Ebola na região era uma emergência sanitária internacional. Porém, a situação ainda exige mobilização das organizações internacionais de saúde.

Há um ano, o continente africano passava pela pior epidemia desde a descoberta do vírus, em 1976. O surto iniciou na Guiné e logo se propagou para Serra Leoa e Libéria, países vizinhos.

Nações de todo o mundo se preocuparam em evitar que o vírus chegasse às suas terras. Poucos casos foram diagnosticados em outros continentes, geralmente de profissionais da saúde, que haviam tido contato anterior com contaminados na África.

Combate permanece

O Comitê de Emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou no dia 10 de abril que a doença continua sendo motivo de preocupação internacional até que chegue à marca zero na região. Em 09 de maio, após 42 dias sem novos casos, foi anunciado o fim da epidemia na Libéria.

Os procedimentos de controle e segurança devem continuar em vigor em Serra Leoa e principalmente na Guiné, onde a população ainda segue resistente em relação às instruções de saúde.

Fredi Diaz Quijano, epidemiologista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, concorda com a necessidade de manter a monitorização. “Eu acho que o pico, a maior quantidade de casos observados em 2014, já passou. Mas falta controlar mais ainda. Porque é uma doença muito grave e mesmo tendo poucos casos é um problema internacional de saúde bem importante”, conclui.

No dia 10 de abril, os Médicos Sem Fronteiras (MSF) também divulgaram um comunicado no site oficial brasileiro em que enfatizam que a manutenção de um sistema de vigilância robusto permanece sendo vital para os países afetados.

Segundo a organização, todos os recursos disponíveis precisam ser enviados para investigação de casos suspeitos e resposta rápida, garantindo que a cadeia de transmissão seja rompida o quanto antes. “A emergência não acabou e ainda não é o momento de declarar a vitória”.

Contágio e transmissão 

Quijano explica que o contágio costuma ser mais efetivo entre a população africana por motivos culturais. “Durante os rituais fúnebres, eles não enterram rapidamente os corpos. As pessoas tocam os mortos”.

A única forma de adquirir a doença é o contato direto com o sangue e as secreções dos infectados. Mesmo que seja de uma vítima que veio a falecer, pois o vírus fica encubado no corpo por alguns dias após a morte.

O epidemiologista também cita os enfermos que ocultam a doença devido ao medo do isolamento, do afastamento da família e da estigmatização sofrida na comunidade. Isso dificulta o diagnóstico e consequentemente o tratamento, que mesmo paliativo pode ser decisivo na cura do indivíduo.

Mas algo foi diferencial para que o surto tenha tomado maiores dimensões no ano anterior. “Dessa vez, aconteceu numa região da África que é mais populosa do que as outras. Existem mais aglomerados urbanos e muitas estradas. É fácil as pessoas se movimentarem de uma cidade para outra. Isso facilita a dispersão do vírus”, esclarece Marcelo Burattini, infectologista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Tratamento e possível vacina 

Apesar dos primeiros casos de infectados datarem quase quarenta anos, houve pouco progresso no desenvolvimento de uma vacina para a prevenção ou de um remédio que cure efetivamente o Ebola.

Os tratamentos continuam envolvendo medidas de suporte na tentativa de manter o paciente vivo enquanto a doença se manifesta. Hidratá-lo, tratar as infecções e manter os níveis de oxigênio e pressão arterial é fundamental.

Quanto à vacina, alguns ensaios têm sido desenvolvidos após o ápice da epidemia. Quijano e Burattini acreditam que é provável que ela venha a ser adotada nos próximos anos, mas ainda sem datas concretas.

Sobre as causas para a demora da conclusão desses projetos, ambos comentam sobre a falta de interesse de alguns cientistas. “Era uma doença exótica, que acontecia em pequenas comunidades do interior da África Equatorial. Então o esforço para desenvolver a vacina existia de algumas comunidades científicas, mas era limitado. Essa foi primeira vez em que o Ebola foi reconhecido como uma emergência internacional de saúde”, elucida Burattini.

Médicos Sem Fronteiras

Antes mesmo do surto ser oficialmente declarado, a organização humanitária internacional dos Médicos Sem Fronteiras (MSF) já havia enviado profissionais de diversas áreas para o tratamento médico e psicológico das pessoas infectadas.

Com experiência no tratamento de pacientes com Ebola, a organização montou seis centros de tratamento: dois na Guiné, dois na Libéria e dois em Serra Leoa, ao longo dos sete primeiros meses da epidemia.

A psicóloga Ionara Rabelo esteve em um centro localizado na cidade de Monróvia, capital da Libéria, e atuou como coordenadora da equipe de saúde mental entre janeiro e fevereiro de 2015. “É uma situação diferente da do ano passado, quando a gente tinha centenas de pessoas com Ebola e dezenas delas morrendo por dia. O que a gente encontra agora ainda é um sistema de saúde caótico, a maior parte das unidades de saúde fechou. Então as pessoas não têm onde procurar qualquer atendimento, mesmo básico”, relata.

O objetivo do tratamento psicológico é estender o apoio desde o paciente até suas famílias. A comunidade em geral também é trabalhada, para que haja maior conscientização sobre as maneiras de prevenir o vírus e de erradicar o preconceito sofrido pelos sobreviventes.

Em relação aos que superaram a doença, Ionara conta como a falta de informação coletiva pode prejudicá-los. “Para quem sobreviveu é terrível. É como se ele ainda pudesse contaminar, porque ninguém quer chegar perto dele, ninguém quer conversar. E isso vai agravar o isolamento dessa pessoa e cada vez vai ser mais difícil de retomar suas atividades diárias e a motivação para viver”.

Desafio emocional

Também enviada para um centro de tratamento, a psicóloga Renata Bernis foi para a cidade de Freetown, capital de Serra Leoa, no início deste ano. Assim como sua colega, ela notou poucos pacientes em relação ao ano passado.

A rotina desses profissionais é repleta de tensões, e uma delas é conviver com a morte diariamente. “É lógico que essas mortes súbitas deixam um sentimento muito ruim no final, mas isso é o desafio também. É você estar oferecendo suporte, ajuda, e não poder se envolver na dor do outro. Sendo que isso às vezes é impossível”, explica Renata, que já esteve anteriormente até mesmo em regiões de conflito armado.

É claro que também ocorrem finais felizes nessas jornadas. A história que mais marcou a psicóloga em Serra Leoa foi a de um bebê de apenas 18 meses que sobreviveu após ter sido desenganado. “Dar essa informação para a mãe foi muito bonito. Eu realmente fiquei muito emocionada. Essa pra mim foi a maior gratificação. E isso não tem preço”, comemora.



Ato realizado em 15 de março na Avenida Paulista 
As manifestações da população contra a presidente Dilma Rousseff - que podem lembrar os caras-pintadas - refletem a crescente insatisfação dos brasileiros com o atual governo, mas não garantem a validação de um pedido de impeachment.

Nos dias 15 de março e 12 de abril, milhares de brasileiros saíram às ruas de diversas cidades do Brasil e do exterior contra o governo de Dilma. Segundo a Polícia Militar, só no dia 15, quando os protestos tiveram maior adesão, foram cerca de dois milhões de pessoas em todo o País. Dessa multidão, um milhão estava na capital paulista.

Houve desde pedidos de impeachment até a volta da ditadura militar. Acompanhada pelo pai no ato da Avenida Paulista, em 15 março, a dona de casa Leila Anderson garante que não buscava uma dessas opções. “O que motivou minha ida foi a possibilidade de expor publicamente minha insatisfação com o atual cenário de corrupção do País”.

O descontentamento de Leila também inclui os candidatos da última eleição, além do ex-presidente Lula, figura de maior destaque do PT. “Nenhum candidato da eleição passada faria um governo melhor, pois o País esta sendo destruído desde 2003, no primeiro mandato do Lula. Após quatro mandatos sucessivos do PT só um milagre salva este País”, enfatiza.

Base legal 

Para que um pedido de impeachment tenha embasamento constitucional, é necessário que existam provas sobre o envolvimento do governante em crimes comuns ou de responsabilidade administrativa.

Edgar Leite Elegância, mestre em Ciências Políticas pela PUC-SP, opina que as manifestações podem influenciar nesse processo, mas é necessário que haja cautela por parte da população. “Hoje não há nenhuma prova de que ela [Dilma] teria algum tipo de envolvimento ou saberia de toda essa corrupção na Petrobrás. Se caso houver alguma prova, vai dar força para o impeachment.”

Em relação às consequências políticas de um afastamento, o cientista político e professor da UNESP de Marília Rodrigo Duarte Fernandes dos Passos analisa a situação petista. “É muito difícil acreditar que o PT tenha uma carta na manga a essa altura do campeonato. A hipótese da substituição da presidente Dilma será o fim realmente do que sobrou do partido”.

Caso Petrobrás 

A denúncia de um grande esquema de lavagem e desvio de dinheiro envolvendo a Petrobrás ganhou destaque na mídia ainda antes das eleições de 2014. Desde então, a Operação Lava Jato acumula uma lista de 50 investigados pela Polícia Federal, dentre eles os atuais presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, Renan Calheiros e Eduardo Cunha.

Até o momento, não foi comprovada a ligação de Dilma com a situação delatada, mesmo assim a queda acentuada do número de satisfeitos com a presidente expôs o governo a um clima de tensão. Reeleita no segundo turno, com um resultado apertado perante Aécio Neves, a presidente iniciou seu novo mandato com o desafio de reconquistar a confiança do eleitorado.

Caras-pintadas

Em 29 de setembro de 1992, houve o único caso de impeachment na história brasileira, responsável pelo afastamento do até então presidente Fernando Collor de Mello.

Logo no início de seu mandato, Collor passou a ser denunciado por corrupção e após dois anos chegou a ser delatado pelo próprio irmão, Pedro Collor de Mello. O esquema envolvia pessoas como Paulo César Farias, mais conhecido por PC Farias, tesoureiro da campanha eleitoral do ex-presidente.

Na época, a população também foi às ruas e teve grande peso para a concretização do processo de impeachment, com o apoio do movimento estudantil dos caras-pintadas.

Sobre uma possível comparação entre os caminhos tomados pelo governo Collor com os de Dilma, Glaucco Ricciele Ribeiro, historiador e professor da ETEC Presidente Vargas, comenta. “A principal conduta é não dar respostas para a imprensa e para o povo. O calar, a omissão de informação, deixa muito apreensiva a população e a imprensa brasileira”.

Há quem trace semelhanças entre os caras-pintadas e os atuais protestos pelo país, mas pelo que foi visto até então, a participação da família classe média paulistana teve maior aderência do que a dos jovens estudantes.

Golpe de 64 

Em reposta às demonstrações de insatisfação contra o atual governo, a presidente exaltou a importância das manifestações democráticas e lembrou da própria luta pela liberdade de expressão na época da ditadura militar.

Uma pequena parcela dos que protestavam contra a petista exibia cartazes a favor da intervenção e da ditadura, período que durou duas décadas e foi iniciado com o Golpe de 64.

Aquela época costuma ser lembrada pela forte censura e o combate à liberdade de expressão, porém há quem defenda esse tipo de gestão alegando fatores como a decadência da educação nos últimos anos.

Quanto à perspectiva de haver um Golpe de Estado nos dias de hoje, Glauco fala da necessidade que o exército brasileiro teria em se guiar por outra nação. “Os Estados Unidos podem tentar fazer uma intervenção a qualquer hora. É só fazer a cabeça de meia dúzia do exército e fazer um Golpe. Mas eu acho que sozinho o exército não tem essa autonomia, não tem essa prática. Tem que ter alguém por trás para orientar”.

O Brasil passa por um momento de instabilidade que pode desenhar um novo rumo para a política nacional. Diante de um cenário pouco favorável, tudo vai depender das medidas tomadas por Dilma no segundo mandato e da postura do povo brasileiro nas ruas.


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Os jornalistas recém-formados costumam ser chamados de "focas" pelos colegas da área. Este blog de reportagens autorais é justamente um dos caminhos para nós, estudantes de jornalismo do 7º semestre da Universidade Nove de Julho, chegarmos lá. Sob orientação do professor Eduardo Natário, disciplina de Produtos Jornalísticos I.

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